Minicurso 1
Título: Estado Plurinacional e Etnonacionalismos:
América Latina em perspectiva contemporânea.
Proponentes: Prof. Dr. João Batista Vale Júnior e
Profª. Drª. Antonia Valtéria Melo Alvarenga
Ementa: A discussão abordará as mutações
recentemente ocorridas no cenário social, político e jurídico da América
Latina. Dar-se-á ênfase à recepção, pela cultura política e ordenamentos
jurídico-políticos da região, das discussões em torno das políticas de identidade
e soberania e seu impacto sobre as configurações institucionais de países como
Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela e Equador. Para tanto, a atenção será
centrada na visibilidade assumida por novos sujeitos sociais, a aparição de
demandas sociais e políticas cada vez mais variadas, complexas e específicas e
as concepções de representatividade política e cidadania resultantes dessa
dinâmica.
Minicurso 2
Título: Os fazedores de cidade – narrativas
políticas do discurso mudancista no Piauí (1844-1852).
Proponente: Prof. Me. Gustavo Henrique Ramos de
Vilhena
Ementa: Ao falar aos deputados provinciais sobre a
transferência da capital do Piauí, em 1851, o presidente Antonio José Saraiva
justificou a mudança em nome da civilização. Mais que uma palavra, um conceito
fundamental na gramática política do Segundo Reinado: corporificava a monarquia
constitucional e cristã e legitimava a afirmação do poder central sobre poderes
locais na sutura de um sentido institucional de nação. Além dos elementos de caráter
econômico ou urbanístico, a construção de Teresina sinalizou para um novo
horizonte de expectativas que fixou imagens de futuro para a província. Nesta
nova temporalidade a cidade de Oeiras perdeu sua proeminência política e,
principalmente, a capacidade de projetar esse mesmo futuro. Desde 1844 já
existiam esforços jurídicos no sentido de materializar a mudança da capital –
Saraiva, portanto, foi um articulador, pois as bases teóricas e legais já
estavam consolidadas. Se a mudança da capital e a nova cidade suportavam o
futuro, também Oeiras, quando criada em 1758, não continha um horizonte de
expectativas tão real quanto Teresina em 1852? Como defini-lo, já que as falas
governamentais dos presidentes provinciais – especialmente de Antonio Saraiva –
silenciavam a respeito do papel histórico da cidade? Este mini-curso objetiva
esclarecer os fundamentos do discurso mudancista, os usos políticos do conceito
de civilização nos relatórios governamentais a partir de 1844, e a experiência
histórica de Oeiras como capital do Piauí.
Minicurso 3
Título: Fontes Orais: procedimentos de pesquisa e
de ensino.
Proponentes: Profª Drª Cláudia Cristina da Silva Fontineles (UFPI) e Mestrando Sthênio de Sousa Everton (UFPI)
Ementa: O presente minicurso propõe discutir a
importância da História oral para o desenvolvimento de pesquisas em diferentes
áreas do conhecimento, entre as quais sobressaem-se as referentes às Ciências
Humanas, em especial, História e Educação. Para tanto, analisará os percursos
percorridos por este campo de pesquisa, seu status na produção científica e os
desafios enfrentados, bem como as influências que sofreu e quais emitiu no seio
acadêmico e social a partir do século XX. Além disso, apresenta ainda
orientações sobre os procedimentos que esta metodologia requer e como pode ser
usada no campo da pesquisa e do ensino de História.
Minicurso 4
Título: Explicando os Ícones Bizantinos: um
encontro com a História e a Arte Cristã Oriental.
Proponente: Prof. Dr. Paulo Augusto Tamanini (UFPI)
Ementa: A arte religiosa bizantina, nos últimos
dois decênios, tem se revelado no Brasil como grande aposta para compor os
cenários dos altares de muitas igrejas, capelas, oratórios nas dioceses
brasileiras. Além de fazer parte da decoração de ambientes físicos, sua
presença em ilustrações de livros, paramentos demonstra certo interesse de
publicizar e tornar mais conhecida este tipo de arte. Este Minicurso se propõe
a se fazer conhecer e explicar o compósito de cenas que compõem alguns dos
ícones bizantinos, mais conhecidos no Brasil, ao mesmo tempo em que
procura explicar historicamente sua feitura e divulgação. Para tanto serão
abordados os conceitos iconografia, iconologia e História; Arte bizantina no
Oriente cristão.
Minicurso 5
Título: Narrativas da cidade: história e
experiências urbanas.
Proponentes: Profª Ma. Talita Kamache Rodrigues de Lima
(UFPI) e Profª Mestranda Bárbara Bruma Rocha do Nascimento (UFPI)
Ementa: As cidades foram alvos de incontáveis e
significativas transformações nas últimas décadas, as grandes cidades, estas
têm sofrido tensões que podem ser percebidas no cotidiano. Intervenções dos
mais diversos tipos vêm se impondo, e a multiplicidade de olhares sobre ela
abrange desde o conhecimento médico dos sanitaristas à precisão técnico-científica
dos engenheiros, arquitetos, bem como o esforço de preservação dos
ambientalistas. Nosso objetivo, assim, é analisar, através de estudos
históricos e transdisciplinares, de que forma a cidade tem sido representada e
compreendida. “Abrem-se então as portas” para as sensibilidades, o habitante da
cidade como sujeito da história, a técnica, a questão social, as identidades e
a memória. Para Maria Stella Bresciani, o estudo do urbano possibilita olhares
e análises; a cidade se apresenta como observatório privilegiado da
diversidade. A cidade como espaço de disputas, discursos vários e vivências
diversificadas. O urbano se impõe para o historiador da cultura nos dias de
hoje como um domínio estimulante” . Há uma diversidade de estudos que envolvem
o contexto urbano, trazendo a ideia de que uma cidade é capaz de guardar por
trás dos seus muros e em suas ruas e praças várias outras cidades.
Para Michel de Certeau, “A cidade é o teatro de uma guerra de relatos”o
espaço urbano é lugar privilegiado de intercâmbio material e simbólico do
habitante da cidade, desta forma é possível observar uma
distribuição variada desse capital simbólico, possibilitando assim relatos
variados e contraditórios, a cidade sensível também sera investigada e
apresentada.
Minicurso 6
Título: “AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA”: A Ditadura
Militar em Debate (1964-1985).
Proponentes: Prof. Me. Ramsés Pinheiro (UFPI) e Profª
Ma. Josilene Lima (UFPI)
Ementa: O objetivo do presente mini-curso é
suscitar o debate sobre a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985) em suas
múltiplas dimensões. Neste sentido, a proposta inicial é discutir as principais
interpretações sobre o Golpe Militar de 1964, localizando-as no debate
historiográfico que marca os seus 50 anos. Ao mesmo tempo abordamos temas como
repressão, resistência, política, cultura e memória a partir de fontes sobre a
história deste período, sobretudo, a imprensa, cartuns, documentários, músicas
e processos judiciais. O mini-curso será concluído com reflexões sobre o recente
trabalho da Comissão Nacional da Verdade (CNV) na apuração das violações contra
os direitos humanos neste período no Brasil. Enfim, a proposta geral deste
espaço consiste em “descortinar os anos de chumbo” no sentido de provocar a
problematização de um tema que marcou profundamente a história brasileira.
Minicurso 7
Título: Perspectivas e possibilidades: o cinema no
ensino de História e Cultura africana e afro-brasileira.
Proponentes: Profª Ma. Francisca Márcia Costa de Souza
(UFPI) e Profª Ma. Iêda Moura da Silva (UFPI)
Ementa: Problematizar “a invenção da África” e o
olhar eurocêntrico sobre os saberes produzidos acerca do continente africano a
partir da produção cinematográfica. Além de repensar a historiografia
afro-brasileira inserida no sistema educacional do país na perspectiva dos
discursos que a constroem.
Minicurso 8
Título: Tradição oral: histórias que se conta.
Proponentes: Prof. Me. Márcio de Araújo Pontes (UFPI) e Prof. Mestrando Daniel de Sá Aguiar (UFPI)
Ementa: Propõe-se por meio deste minicurso problematizar e debater acerca das culturas ditas ‘populares’ e suas potencialidades de pesquisa. Destacam-se discussões teórico-metodológicas para análise de práticas culturais e manifestações simbólicas, presentes em um corpo social, e que tratam da produção de memórias de sujeitos que possibilitam contextualizar a tradição oral. Teremos por base os estudos relacionados à História Oral, analisando-a do ponto de vista historiográfico e considerando suas principais vertentes. Nesse contexto, a tradição oral apresenta-se como um canal de expressão de práticas e representações, individuais ou de grupos, e como suportes para registro de suas ideologias e posicionamentos. Pretende-se com a proposta buscar fornecer, de forma dialógica, subsídios para que possibilitem a ampliação de pesquisas por meio deste campo de investigações, apresentando recursos midiáticos e algumas possibilidades de utilização destes.
Minicurso 9
Título: A Nova História Política: Abordagens teóricas e
metodológicas.
Proponente: Prof. Me. Vinícius Leão Araújo (UFPI)
Ementa: O presente minicurso visa apresentar as perspectivas
teóricas e metodológicas do campo historiográfico denominado como Nova História
Política. Para tanto, serão discutidas as transformações ocorridas na História
Política ao longo das últimas décadas além de relacioná-las com a utilização de
novos objetos, métodos e conceitos dentro deste âmbito de estudo
historiográfico. Noções conceituais como representação e cultura política serão
analisadas para adentrar-se em alguns novos caminhos adotados em muitas
pesquisas sobre História Política na contemporaneidade.
Minicurso 10 (CANCELADO - INSCRITOS NELE FICARÃO NA SEGUNDA OPÇÃO)
Título: Fontes Diversas e Atividades Diferenciadas nas Aulas de
História da Educação Básica.
Proponente: Profª Dra. Maria Cláudia Cardoso Ferreira
(Parfor-UFPI)
Ementa: Quando iniciarmos os créditos da disciplina metodologia do
ensino de história é que nos damos conta da complexidade que é ensinar
história. Apesar da narrativa constituir elemento importante da ação do
professor/a na sala de aula, seu trabalho não resume apenas nisso. Cabe aos
professores de história propiciar aos seus estudantes, desde a mais tenra
idade, experiências capazes de fazê-los compreender gradativamente o que
significa uma operação histórica. Desse modo, um ensino que lide com diferentes
fontes e oportunize interpretações e debates seria mais pertinente. Ou seja, a
aula deveria ser um laboratório de história. No entanto, alguns estudos sobre a
formação de professores de história têm concluído que ensinamos história como
aprendemos história e geralmente aprendemos história, seja na educação básica,
seja no curso de licenciatura em história, com o professor/a narrando os
acontecimentos (COSTA,2012).
A
partir de diferentes fontes históricas, elaboraremos atividades de história
para séries diversificadas com a finalidade de contribuir para uma formação
inicial e continuada mais coerente com o trabalho de professor-pesquisador na
contemporaneidade.
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